ILUMINAÇÃO, 5 mitos x verdades
- Luciana Stinieski
- 4 de ago. de 2018
- 3 min de leitura

Recentemente iniciei um curso sobre LUZ e resolvi compartilhar um pouco de conhecimento sobre o assunto aqui no blog! A iluminação é um item importantíssimo do projeto e dos ambientes. É um grande erro investir em um espaço bonito, funcional, escolher as cores e texturas com muito empenho e depois iluminar de qualquer jeito ou da forma errada. Desvaloriza todo trabalho!

Foto: Patrick Schneider
Então, para começar...
ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
Watts (W) > está ligado ao consumo de energia (o que gasta na conta de luz).
Ex.: Antigamente as lâmpadas gastavam 50W para iluminar 500 lúmens, hoje gastam 5W para iluminar os mesmos 500 lúmens. Por isso, watt não é o que determina a potência.
Volts (V) > é a unidade de tensão elétrica. Os padrões nacionais são 120V, 220V ou 12V. Quando maior a voltagem, mais forte é o choque!
Lúmens (lm) > é a unidade de medida que mede a potência da lâmpada. Quanto maior for a quantidade de lúmens indicada na embalagem, maior será o fluxo luminoso da lâmpada.
Ex.: Qual das lâmpadas ilumina mais? Uma lâmpada com 20W e 1000 lúmens ou outra com 20W e 500 lúmens? A que tem mais lúmens ilumina mais, e neste caso ela ilumina mais gastando a mesma coisa.
Lux (lx) > é a unidade de iluminamento, intensidade de iluminação ou iluminância. Corresponde à incidência perpendicular de 1 lúmen em uma superfície de 1 metro quadrado.
Resumindo, é a superfície iluminada.
A Norma Brasileira define a quantidade de lux que deve ser alcançada para determinados ambientes.
Temperatura de cor (Kelvin = K) > A temperatura de cor expressa a aparência de cor da luz emitida pela fonte de luz. Quanto mais alta a temperatura de cor, mais clara é a tonalidade de cor da luz. Quando falamos em luz quente ou fria, não estamos nos referindo ao calor físico da lâmpada, e sim a tonalidade de cor que ela irradia ao ambiente.
Os números que normalmente encontramos nas lâmpadas são:
2700 - 3000 K - luz quente/amarela
4000 K - luz neutra
5000 K - luz fria/branca

Índice de reprodução de cor (IRC) > O sol tem IRC de 100%. Quanto mais próximo de 100 for o IRC da lâmpada teremos mais fidelidade na reprodução das cores.
A Norma Brasileira também define o IRC necessário para determinados ambientes.
5 MITOS E VERDADES SOBRE ILUMINAÇÃO
1. Luz fria/branca ilumina mais que luz quente/amarela.
MITO - Para determinar qual lâmpada é mais potente e ilumina mais devemos observar a quantidade de lúmens indicada na embalagem.
2. Além das lâmpadas, os materiais, cores e texturas do ambiente influenciam na iluminação.
VERDADE - Exemplo: Se compararmos dois lavabos, um branco e um cinza escuro, e os dois tem as mesmas luminárias e lâmpadas, qual será mais iluminado? O branco, pois as cores escuras absorvem parte da luz.
Materiais como pedra e madeira também absorvem luz.
3. Cozinhas e banheiros residenciais devem ter luz branca/fria.
MITO - Queremos conforto e aconchego na nossa casa, por isso recomendo o uso de lâmpadas amarelas/quentes sempre!
É cada vez mais comum e desejado ter a cozinha integrada ao estar, e os materiais e revestimentos podem se repetir nos ambientes, então é interessante valorizá-los da mesma forma.

Foto: Kaitlin Dowis
4. Lâmpadas LED não são dimerizáveis,
MITO - Pode-se dimerizar LED, só é preciso prever isso e especificar/comprar lâmpadas dimerizáveis.
5. LED custa mais caro!
VERDADE - A vida útil das lâmpadas LED é muito maior e elas são mais caras sim. A indústria já conseguiu diminuir o custo destes produtos, já que são muito difundidos atualmente, mas continuam tendo custo mais alto. A diferença de preço é compensada a longo prazo pela economia na conta de luz e pela alta durabilidade das lâmpadas.
Nos projetos da Flo-ra só especificamos LED... Tá, de vez em quando rola um filamento de carbono!

Foto: Subhayan Das
Gostou do conteúdo do post? Tem alguma sugestão de tema ligado a luz? Manda para nós, se possível vamos escrever!
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